Encontro realizado na Infra S.A. também abordou estudos para viabilizar hidrovia entre Uruguai e Brasil

A integração entre Brasil e Uruguai e a inclusão de rotas de comércio internacional no Plano Nacional de Logística (PNL) foram temas de uma reunião entre o embaixador uruguaio no Brasil, Guilhermo Valles, e o diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos, realizada nesta quarta-feira (12).

Durante o encontro, Bastos destacou que o novo PNL será a versão mais abrangente do documento, que é a base do planejamento do setor transportes no Brasil. Em fase de elaboração pela Infra S.A., a expectativa é de que o plano seja lançado em 2024 com as perspectivas e os possíveis cenários para a infraestrutura brasileira até o ano de 2055.

“Vamos dialogar com todos os setores da sociedade e coletar os subsídios necessários para que o PNL 2055 contemple as demandas internas e externas da infraestrutura logística. Queremos que todas as áreas possam se manifestar e colaborar na elaboração de um plano que busca melhorar a vida de todos”, destacou.

Para o embaixador do Uruguai, a iniciativa brasileira é fundamental para a integração logística dos países do Mercosul. Ainda segundo o diplomata, o PNL pode servir como referência para outros países do bloco comercial.

“A apresentação do modelo utilizado pela Infra S.A. e pelo governo brasileiro para o planejamento da infraestrutura contribuirá para o desenvolvimento de outras ações com vistas ao longo prazo do setor de transportes no continente”, afirmou.

Hidrovia

O desenvolvimento de um modelo inédito de parceria com setor privado para a operação da Hidrovia da Lagoa Mirim também foi um dos pontos abordados no encontro. Localizado na fronteira entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, o trecho possui cerca de 300 quilômetros. O sistema Mirim-São Gonçalo faz parte da chamada Hidrovia Uruguai-Brasil, que abrange ainda a Lagoa dos Patos, Lagoa Guaíba e sete rios ao longo da bacia hidrográfica.

O projeto da Infra S.A. aumentará o fluxo de cargas através da fronteira entre os dois países e permitirá o escoamento da produção pelo Porto do Rio Grande (RS). Os estudos iniciais indicam que o empreendimento pode atrair mais de R$ 50 milhões em investimentos.